Através do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Lazer (SMEC), a Prefeitura de Bom Jesus está preparando a XXV Feira Municipal do Livro, que será realizada de 8 a 11 de outubro, no Salão Paroquial - confira cronograma de visitação no Documento em anexo. A Feira ficará aberta das 9 às 21 horas, sendo que a solenidade oficial será às 10 horas de segunda-feira, dia 8.
“Quando falamos e pensamos em Feira Municipal do Livro de Bom Jesus, recordamos que todos nós bom-jesuenses, não importando como ou quando, somos a história do evento, já tradicional e de notório saber, desde seu início em 1989 – em quatro anos não foi possível sua realização”, destacam os organizadores. O primeiro patrono foi Arthur Ferreira Filho e, agora, para 2018, como patronos foram convidados o casal Luiz Antônio Alves e Sandra Maria Schmidt Alves.
Com o objetivo de enfatizar determinado viés da história do município de Bom Jesus, nas Feiras do Livro foram escolhidos temas centrais. Em 2017, foi trabalhado o tema “Bom Jesus Rural” e, para a XXV edição, foi escolhido como tema “A Bom Jesus Urbana”, que nos será apresentada através do acervo fotográfico do senhor Eduardo da Silva Borges, o “Duda”, e sua esposa a senhora Maris de Fátima Salvador Borges.
Para representar a Feira Municipal do Livro de Bom Jesus, no final do ano passado, um estudo fez com que o evento ganhasse um símbolo: a seriema ou siriema. Esta ave habita os campos de Bom Jesus e, por sua postura, lembra “alguém” curioso, atento ao que acontece em seu espaço, compilando o que vê e ouve, registrando o ambiente em que vive e que, se possível, passaria para os meios acessíveis ao ser humano as suas vivências. Agora, por ocasião da abertura da XXV Feira, Eduardo e Maria de Fátima irão repassar a estatueta ícone ao casal Luiz Antônio e Sandra Maria, o que será feito todos os anos, de patrono para patrono.
Por outro lado, rememorando os primórdios da ocupação pelos povoadores, lembremos que homens e mulheres, ao iniciarem as fazendas de Bom Jesus, viviam em pequenos núcleos enfrentando o frio e o isolamento dos descampados da região que escolheram para fixar seus lares, procurando embelezar e tornar mais confortável e alegre seu meio ambiente. Todas as sedes das fazendas tinham uma lavoura de subsistência, mas ao chegar a casa, o visitante deparava-se com o jardim, no qual estava a flor que resiste ao tempo, ao frio e a solidão. Visitemos as antigas fazendas, muitas hoje taperas, e lá encontraremos a “camélia”, não mais podada, e protegida por uma cerca de taipa. Talvez em meio a um capão de mato ou a um vassoural. Uma árvore sobranceira e florida, lembrando que ali viveram muitas famílias. Portanto, é justo que a “camélia” seja a flor símbolo do nosso Município e, por isso, embeleza a mesa oficial deste evento.
OS PATRONOS
Luiz Antônio Alves - Economista. Pós-Graduado em História Regional e Mestre em Economia Regional. Ex-Professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e do Colégio La Salle. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Escritor, Poeta e Jornalista. Mais de cem livros publicados, sendo autor da obra “Memorial Açoriano”, composta por 57 volumes, a maior obra do gênero no Brasil. Premiado em diversos concursos internacionais, nacionais e estaduais, desde os 18 anos de idade, entre eles o Prêmio Fernando Pessoa pelo Instituto Cultural Português, em 2005. Editor de antigas revistas e jornais como "Matéria-prima" e "Décima Terceira Ilha" juntamente com Antônio Soares. Com a esposa, detém um dos primeiros sites de cunho cultural no Sul do Brasil e que pode ser acessado em www.fuj.com.br. Possui um dos maiores bancos de dados genealógicos do País, em pesquisa de cerca de 40 anos, abrangendo principalmente as famílias brasileiras do Sul do Brasil.
Sandra Maria Schmith Alves - Bacharel em Direito e Pós Graduada em História Regional. Extensão em Direito Penal pela Escola do Ministério Público. Curso de extensão "Raízes Açorianas" na Ilha Terceira. Escritora e Pesquisadora. Participa com textos publicados na coleção Raízes de Santo Antônio da Patrulha e Tropeirismo no Cone Sul. Diversos livros publicados em poesia e história regional.