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08/10/2021 Saúde
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Vigilância Sanitária repassa orientações sobre surtos de doença diarreica aguda

Casos já foram registrados em 25 municípios gaúchos, nenhum da região dos Campos de Cima da Serra

Agentes da Vigilância Sanitária de Bom Jesus visitaram escolas, Unidades de Saúde e o Lar do Idoso repassando orientações sobre o alerta de surtos de doença diarreica aguda (DDA). Casos já foram registrados em 25 municípios gaúchos, nenhum da região dos Campos de Cima da Serra. Em nove dessas cidades foi identificado um vírus chamado norovírus como a causa desses casos de doenças gastrointestinais. Ele está possivelmente associado à ingestão de água, mas também pode ser transmitido por alimentos ou de pessoa para pessoa.

Nas demais cidades, os casos ainda encontram-se em investigação. Até o momento, mais de 2 mil casos já foram notificados, sendo que alguns municípios informaram apenas que tiveram um ou mais surtos identificados, a se confirmar o número de pessoas. As medidas de investigação e controle estão sendo realizadas pelos respectivos municípios, Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e Cevs.

A principal orientação à população é o consumo de água somente de fontes seguras e tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Também é importante realizar periodicamente a limpeza de caixas d’água. “Esses tipos de ocorrências reforçam essas medidas preventivas em relação a água, que devem ocorrer de forma permanente por toda população, independentemente da ocorrência ou não desses surtos”, comenta a especialista em saúde do núcleo de Doenças de Transmissão Hídricas e Alimentares do Cevs, Lilian Borges Teixeira.

O principal sintoma apresentado nesses casos é a diarreia. O aumento do número de evacuações pode ou não ser acompanhado de dor abdominal, náusea, vômito e febre. O surto ocorre a partir de dois casos, com o mesmo quadro clínico e vínculo epidemiológico entre si. Em caso de sintomas desse tipo, é recomendado repouso e aumento na ingestão de líquidos para evitar a desidratação, principalmente em crianças e idosos. Havendo sintomas graves, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima.

Recomendações a população em geral

- Consumir água de fontes seguras (potável) tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Caso seja desconhecida a fonte, em situações de emergência, recomenda-se fervê-la antes do consumo e antes do preparo de alimentos por, no mínimo, 5 minutos.
- A higienização das superfícies, equipamentos e utensílios utilizados no preparo e consumo de alimentos deve ser realizada com água tratada e/ou fervida.
- O gelo para consumo ou conservação de alimentos deve ser oriundo de água potável e/ou fervida.
- Higienizar as mãos de forma adequada, lavando-as com água e sabão, principalmente após a utilização de banheiro, troca de fraldas, antes de preparar e manipular alimentos e antes das refeições.
- Afastar as pessoas doentes das atividades de manipulação de alimentos e reforçar a higiene pessoal mesmo após o desaparecimento dos sintomas.
- Realizar a limpeza da caixa d’água uma vez ao ano ou sempre que necessário.

Ambientes de creches e escolas demandam uma maior atenção, visto que são locais mais comuns para esses tipos de surtos.

*Com informações do Governo do Estado

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