Uma equipe multiprofissional atua nas ações do TEAcolhe realizando todas as etapas que visam o diagnóstico do espectro do autismo
Desde julho do ano passado, está implantado em Bom Jesus o Programa de Atendimento a Pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEAcolhe). O objetivo é promover o atendimento às necessidades específicas das pessoas com autismo, visando ao desenvolvimento pessoal, à inclusão social, à cidadania e ao apoio às suas famílias. É construído pelas equipes técnicas das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social; a sociedade civil, com a participação de pessoas com autismo e suas famílias. Em Bom Jesus, uma equipe multiprofissional atua nas ações do TEAcolhe realizando todas as etapas que visam o diagnóstico do espectro do autismo. A partir de então, é elaborado um plano terapêutico para cada paciente executado no Centro de Atendimento em Saúde (CAS) localizado em Vacaria, cidade que é a referência da microrregião. Neste espaço, formado por 23 profissionais, as crianças recebem a estimulação prescrita pelo plano. Em média, cada paciente fica seis meses e, a partir de que seja observado um progresso, a continuidade do tratamento ocorre no município.
A psicóloga Josiane Trindade, uma das integrantes da equipe técnica do TEAcolhe, ressalta que neste momento 33 crianças foram diagnosticadas com autismo e já possuem a Carteira de Identificação. Mas ela acredita que o número pode ser maior. “Estamos em uma fase de transição e ainda com seis meses praticamente do programa em atividade no município”. De julho a dezembro, teve uma média de 80 atendimentos, destes 20 foram encaminhados para o Centro de Atendimento em Saúde, em Vacaria. A prefeitura oferece o transporte para as famílias que precisam levar seus filhos para este atendimento. A enfermeira Larissa Hoffmann ressalta que tanto os pedidos de exames como a medicação também são disponibilizados pelo município. “Neste caso passa a ser prioridade e os pedidos não entram em fila de espera, são imediatamente encaminhados”.
Ponto focal do programa
As demandas referentes ao autismo estão centralizadas nas secretarias municipais de Educação e Saúde e também na APAE. Na secretaria de Educação o chamado ponto focal é a psicóloga Josiane Trindade, na Saúde a enfermeira Larissa Hoffmann e na APAE a Assistente Social Elisiane Lorenzo. Nas escolas do município, os professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) Amanda Merck e Gilberto Eckert fazem um acompanhamento dos estudantes. O ponto focal da educação tem como público alvo as crianças em idade escolar, o da saúde atende adultos e crianças em idade não escolar, e o do APAE, os seus beneficiários.
Entre outras ações realizadas no período do TEAcolhe em Bom Jesus teve uma roda de conversa com pais de crianças atípicas. Na ocasião, participou a presidente da Associação de Famílias Atípicas dos Campos de Cima da Serra, Ana Paula Chaves. Uma outra ação foi feita no período do Natal.
Assessoria de Comunicação