No centro cirúrgico poderão ser realizadas 20 cirurgias eletivas por mês
Depois de aproximadamente 15 anos o Hospital de Bom Jesus retomou a realização de cirurgias eletivas pelo SUS nesta quinta-feira,23/02. Os dois primeiros pacientes foram atendidos pelo médicos anestesista Luiz Aumond e a cirurgiã Ana Luiza Pereira Velho, profissionais que já atuam no município. A busca pela reabertura do centro cirúrgico passou por diversas etapas, explica o vice-prefeito e interventor do hospital Diogo Kramer Boeira. Inicialmente foi firmado um novo formato de gestão da instituição com a Fundação Universidade Caxias do Sul (FUCS). Em seguida foi colocado em prática um plano de ação para que alguns serviços passassem novamente a serem oferecidos a população, como a reabertura do centro cirúrgico. Diogo Kramer ressalta que foram investidos em torno de R$ 150 mil na aquisição de equipamentos e outras reformas realizadas para que fosse expedido o alvará de funcionamento pela Vigilância Sanitária.
Os recursos foram destinados pelo município em projetos aprovados pela Câmara de Vereadores, como o que autoriza a complementação dos valores pagos aos profissionais que atuam nesse setor. O plano de trabalho estabelece incialmente a realização de 20 cirurgias eletivas por mês apenas para Bom Jesus. “ Esse número é para assegurarmos também cobertura aos demais municípios da região, com quem procuraremos pactuar”, destaca Diogo. A partir do momento em que a Agência Transfusional estiver funcionando poderão ser realizadas cirurgias mais complexas e de urgência. A adequação do espaço destinado para o banco de sangue do hospital teve a colaboração do grupo de voluntárias Vó Joaninha que doou R$ 28 mil.
O médico Luiz Aumond relatou que é com grande satisfação que retorna a Bom Jesus, local em que iniciou sua função como anestesista, para auxiliar na implantação do plano definido para o centro cirúrgico. “ Quero trazer as ideias como a que tivemos em Vacaria dos "plantões da região", reativando Bom Jesus como uma micro-região, incluindo Jaquirana, Ausentes e Monte Alegre dos Campos”. A prefeita Lucila Maggi ressalta que este é um dia que dever ser comemorado pela comunidade, pelos agentes públicos, médicos, colaboradores. Para Lucila, este é o resultado em que aparecem muitas mãos e o poder da oração. “Quando assumi em janeiro de 2021 recebi a notificação que o hospital fecharia em 15 dias. Não aceitei. Essa seria a reação de qualquer bom-jesuense nascido neste hospital”, relata a prefeita. Segundo ela, a alternativa naquele momento foi correr contra o tempo e pedir ajuda em todas as esferas necessárias. Neste sentido após várias tratativas em março do ano passado a gestão passou a ser compartilhada com a FUCS. “Foram dias de desafios e lutas incansáveis, mas nunca perdemos a fé, e hoje, hospital volta a realizar cirurgias e muitas reformas na estrutura do prédio sendo concluídas”.
Assessoria de Comunicação
Fotos: Diego Martins / Esthudio F18