Representantes de alguns setores da sociedade ligados as área de segurança e infância e juventude estiveram reunidos na tarde de terça-feira, 12 de junho, para tratar sobre a adoção de ações para execução de um plano de proteção e valorização das crianças e adolescentes. Este encontro foi motivado por uma intervenção judicial em situações pontuais que envolvem crianças e adolescentes, o que explicita a necessidade de implantação de políticas públicas que resgatem, valorizem e protejam as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social.
A Juíza da Comarca, Uda Roberta Doederlein Schwartz, determinou que a sociedade trace um plano. Então, a secretária municipal de Assistência Social, Janete Maria Arcari Becker, chamou um grupo para iniciar a discussão. Participaram: Janete; o assessor jurídico do município, Wolmar Arcari Ferreira; representando o CRAS, a orientadora social Viviane Ribeiro de Jesus e a assistente social Thalita Jappe; representando a Saúde Mental, as técnicas Thayana Froes e Fabiane Hupps; técnicas da Casa da Criança, Jussara Castilhos e Mariele Reshke; conselheira tutelar, Rosana da Silva Andrade; representantes da Brigada Militar, sargento Jairo Remonti e o soldado André Remonti; a Polícia Civil, Geovane Policastro Camargo; representante da Escola Municipal Irmãs Ramos, Drasiane Biazus; e, o assessor de comunicação do município e presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Duclerc Silva. Os diretores das Escolas Estaduais Conde Afonso Celso e Colégio Frei Getúlio justificaram sua ausência por estarem em evento da Coordenadoria Regional de Educação.
Quanto ao atendimento específico aos menores indicados pela Justiça, foram citados todos os serviços e ações já empreendidas e que infelizmente não tiveram o resultado esperado. Juntos será mais fácil entender e percorrer os melhores caminhos. “A sociedade está doente. Precisamos atuar nas famílias, na formação das crianças, com a educação, com a cultura.”
Janete coordenou a reunião e fez uma explanação sobre a situação e das atribuições da Assistência Social. Wolmar falou de suas experiências frente a entidades que atuam na ressocialização, reinclusão, na cidade de Caxias do Sul. Citou a importância das ações conjuntas com a Brigada Militar e Polícia Civil, mas enfatizou que “os valores inexistem, não se tem mais família, estas não atuam mais como deveriam atuar e repassam as responsabilidades para os outros”. Muitas são as dificuldades como, por exemplo, os baixos efetivos policiais, entre outros, que reduzem o potencial combativo. Os policiais civil e militares destacaram que operações conjuntas com fiscais da Prefeitura, Conselho Tutelar, entre outros.
Por sua vez, Drasiane disse que entidades que atuam neste setor estão se sentindo de mãos atadas, desmotivadas e frustradas com a falta de resolutividade dos problemas. Entende-se que o judiciário deve atuar mais, investindo também financeiramente em ações de prevenção e também aplicando penalizações que reforçam a punibilidade como um dos inibidores de desorganizadores sociais. Jussara falou da atuação na Casa da Criança e enfatizou que o ideal é que sejam executadas também ações cos as famílias para que o tratamento seja mais efetivo. A venda de cigarros e bebidas inclusive para menores potencializa as negatividades e o consumo de bebidas alcoólicas na Praça também é uma preocupação que deve ser coibida. A fiscalização junto aos bares, lancherias e outros estabelecimentos comerciais precisa ser efetiva.
Por fim, foram registradas em ata todas as tratativas da reunião e já agendaram novo encontro, que deve contar também com representantes de inúmeros outros órgãos, agendada para as 14 horas do dia 4 de julho, no CRAS, para continuar a preparação do plano de ação.